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Curiosidades

Guia completo sobre data centers: veja aqui!

A transformação digital aumentou consideravelmente a demanda por ativos de TI dentro das empresas, exigindo uma capacidade de processamento e armazenamento muito maior do que as disponibilizadas pelos computadores convencionais.

Nesse cenário, os data centers vem ganhando grande destaque, por oferecerem um ponto de centralização das operações de TI de uma empresa, ampliando de forma exponencial a capacidade de armazenamento e processamento de dados.

Se antes, apenas as grandes corporações tinham condições de montar e manter um datacenter, hoje, com o barateamento das tecnologias, como a computação em nuvem, e expansão das capacidades de conexão, empresas de todos os portes e segmentos ganharam a oportunidade de trabalhar com um datacenter, seja ele local ou virtual.

Para que você entenda de uma vez por todas o que é um data center, para que ele serve e como a sua empresa pode passar a contar com essa estrutura, neste post, trazemos um guia completo sobre o assunto. Confira!

O que é e para que serve um data center?

Um data center, ou centro de processamento de dados, em português, é um ambiente que reúne os equipamentos necessários para o armazenamento e processamento de dados de uma ou mais empresas. Por exemplo, são os data centers que permitem que as empresas trabalhem com um sistema de gestão integrado, sem a necessidade de instalar um software em cada desktop.  

Com uma infraestrutura mais robusta, o data center possibilita desenvolvimento e gestão de grande volume de dados, que seriam inviáveis em máquinas comuns, ajudando as empresas a criarem grandes projetos digitais.

Por exemplo, uma pessoa pode criar um software robusto sozinha, dentro de sua casa, utilizando toda a infraestrutura de um data center virtual remoto, fazendo toda a codificação, testes e implementação deste software utilizando uma plataforma como serviço (PaaS) — que é uma das modalidades de serviços disponibilizados em nuvem, que são estruturadas a partir de um data center.

Um data center contribui para que as empresas consigam extrair os melhores insights do que hoje é um dos bens mais valiosos de uma corporação: os dados. Se a empresa tem a capacidade de armazenar grandes volumes de dados e conta com bons softwares de análise, com inteligência artificial, tem a possibilidade de otimizar consideravelmente a tomada de decisões. 

Além disso, como lida com informações sigilosas, é de suma importância que a segurança seja a prioridade na montagem dessas estruturas, com controle de acesso físico e digital rígidos. Outro fator importante para o bom funcionamento de um data center é a política de backup e recuperação de dados, que garante que as informações serão recuperadas e a produtividade reativada em caso de desastres.

Quais os tipos de data center?

No tópico acima, tivemos uma breve definição do que é data center, mas ao contrário do que se possa imaginar, o termo não se refere a um modelo único e estático. Há diferentes tipos de data centers, que atendem a demandas específicas dos mais variados portes e segmentos de empresas. Veja abaixo quais são.

Data Center Colocation

Também chamado de housing, o data center colocation é caracterizado como um modelo de aluguel de infraestrutura. Nessa modalidade, o datacenter é contratado por um período especificado pela empresa, que passa a inserir os seus servidores nessa infraestrutura. É uma maneira de reduzir os riscos de vazamento de dados e os custos com espaço, aumentando o desempenho dos ativos.

É uma solução bastante utilizada por empresas que não têm condições de montar um data center próprio, mas que precisam de robustez para manter a sua produtividade. O data center colocation é dividido nos seguintes tipos:

  1. racks — nesse modelo de terceirização, a infraestrutura de TI da empresa contratante é implementada nas dependências da contratada;
  2. cages — nesse modelo, a instalação do data center colocation é feita em uma zona pré estabelecida pelo contratante, visando a adição de recursos extras de segurança;
  3. áreas dedicadas — esse modelo é indicado para grandes empresas de tecnologia que necessitam de uma área mais ampla, segura e personalizável.

Data Center Hyperscale

Nesse modelo, a principal diferença com o Colocation é a possibilidade da empresa contratante utilizar os recursos de maneira escalável. Isso significa que a empresa poderá aumentar ou reduzir a quantidade de recursos utilizada de acordo com as suas demandas, pagando sempre pelo que estiver utilizando.

Uma empresa de varejo, por exemplo, que tem grandes oscilações nas vendas de acordo com a época do ano, pode ajustar a capacidade de recursos de acordo com a tendência de aumento das vendas, sem ter que arcar com os cursos de manter servidores ociosos ou insuficientes. A utilização de infraestruturas escaláveis possibilita uma maior flexibilidade para os seus usuários, facilitando a gestão dos recursos de TI. 

Data Center Enterprise

É um dos modelos mais utilizados no mercado e é o que o data center passa a ficar sob responsabilidade do próprio usuário, dentro das instalações da empresa. É uma forma que os gestores de TI têm de aumentar a rigidez no controle de acessos. 

Mesmo sendo um modelo que exige um maior investimento para a implementação, e uma equipe qualificada para operação, ainda é um dos favoritos das empresas, justamente por oferecer um maior controle das atividades e dados. Porém, é mais indicado para empresas maiores, que têm um orçamento mais robusto.

Data Center Edge

Esse modelo de data center trabalha com baixa latência com o objetivo de facilitar o recebimento de conteúdos de maneira instantânea pelos usuários. É um tipo de data center bastante utilizado por serviços de streaming, como o Deezer e Amazon Prime Video.

Para que haja a viabilidade deste tipo de datacenter, é necessário que a infraestrutura esteja operando perto dos consumidores finais, na borda da rede. Além disso, esse modelo também envolve recursos como o big data, internet das coisas, armazenamento em nuvem entre outros.

Data Center em nuvem

É uma infraestrutura de data center totalmente virtual, acessada de forma remota. Esse modelo é contratado como um serviço de um provedor especializado e não exige investimento para a criação da infraestrutura, sendo que todo o gerenciamento e segurança fica por conta do provedor e os custos são diluídos entre os clientes, tornando o modelo mais acessível para empresas menores.

É um modelo que oferece escalabilidade e acessibilidade, permitindo que uma empresa tenha várias filiais, possa utilizar o mesmo data center virtual, centralizando os dados e facilitando a criação de políticas de segurança.

Como escolher um data center ideal para a minha empresa?

Existem dois modelos de data centers que podem ser adotados por uma empresa, o data center local e o virtual. Para ajudar a escolher, neste tópico vamos apresentar os diferenciais de cada um desses modelos. Acompanhe!

Data center local

Nesse modelo a infraestrutura é toda mantida pela empresa, que deve contar com um ambiente físico que dê conta dessa estrutura — servidores, cabeamento, roteadores, componentes etc. 

Além disso, o ambiente deve contar com refrigeração em tempo integral, evitando que haja superaquecimento dos componentes. Para manter toda essa infraestrutura, a empresa deverá contar com uma equipe especializada, que garantirá a disponibilidade e o bom funcionamento dos softwares e hardwares. Entenda quais são os benefícios desse modelo:

  • possibilita a centralização das informações e do processamento;
  • dá mais controle sobre todo o ambiente em que a infraestrutura de TI acontece, pois não há o compartilhamento com outros usuários;
  • acesso contínuo, sem depender de provedores externos de internet.

As possíveis desvantagens são:

  • manutenção cara;
  • alto custo com energia elétrica;
  • dificuldade de escalabilidade;
  • possibilidade de danos físicos à infraestrutura que pode minar a disponibilidade.

Data center virtual

O data center virtual vem ganhando bastante popularidade nos últimos anos, pois traz uma série de facilidades para as empresas que adotam. Nesse modelo, a infraestrutura fica hospedada fora da empresa, que compra apenas os recursos computacionais necessários à sua operação. A empresa deixa de ter que arcar com os custos de uma equipe de TI interna, podendo até mesmo terceirizar o seu suporte, com monitoramento remoto e automação.

Entre as vantagens de contar com um data center virtual, podemos destacar:

  • escalabilidade — a empresa pode aumentar ou reduzir a quantidade de recursos de acordo com a sua demanda;
  • redução de custos — a empresa deixa de arcar com os custos que teria com uma infraestrutura física;
  • a empresa passa a contar com hardwares de ponta, e sistemas atualizados, sem a necessidade de fazer upgrade atualizações;
  • segurança garantida da infraestrutura física, ficando a cargo do contratante a proteção do acesso digital;
  • mobilidade — a empresa ganha a possibilidade de utilizar o data center em várias filiais, com mais mobilidade para os colaboradores.

As possíveis desvantagens são:

  • menor controle interno sobre a infraestrutura física;
  • resistência de colaboradores adeptos de metodologias de TI tradicionais.

Quais são as leis que você precisa ficar atento?

Uma empresa que adota o uso do data center em suas operações precisa estar atenta a todos os requisitos legais que isso implica. Ao lidar com dados pessoais dos clientes, por exemplo, é necessário ter o controle necessário para que a empresa respeite todos os requisitos da LGPD — Lei Geral de Proteção de Dados.

Lei sancionada em 2018, mas que entrou em vigor em 2020, a LGPD dispõe sobre o uso de dados de pessoas físicas por órgão privados e públicos. A palavra-chave dessa legislação é o consentimento, pois, para coletar e processar dados pessoais, a empresa deverá ter a autorização expressa do titular, em um termo de adesão claro. 

As empresas não poderão utilizar mais estratégias para que seja feita a adesão automática, como os botões pré-selecionados e as letras miúdas. Mesmo que o cliente tenha consentido, se ele comprovar que o termo de adesão não foi transparente, a empresa corre o risco de ter que arcar com as sanções.

Se a empresa mantiver em seu data center dados pessoais não autorizados, poderá arcar com punições que poderão chegar a R$ 50 milhões de reais. A lei atinge a empresas brasileiras e empresas estrangeiras que fazem negócios aqui no Brasil.

Por isso, é importante que o data center conte, não apenas com proteção digital como também proteção contra danos físicos. O provedor deverá investir em redundância, criptografia de dados e firewalls. 

Se as empresas estrangeiras precisam se adaptar à LGPD para atuarem no Brasil, as empresas brasileiras também precisarão se adaptar às leis estrangeiras, se quiserem alcançar clientes de fora. O seu data center também deverá estar adaptado às legislações de dados como a GDPR, a lei europeia de proteção de dados — que serviu de base para a criação da LGPD.

Como montar e gerenciar um data center?

Para montar um data center físico, a empresa deverá contar com uma série de componentes, que estruturam o ambiente perfeito para receber a demanda computacional de uma ou mais empresas. Neste tópico, vamos entender quais são esses componentes e como gerenciá-los. Confira!

Servidores

Os servidores formam o “cérebro” de um data center, sendo os equipamentos responsáveis pelo armazenamento e processamento dos dados. Todos os outros componentes dessa infraestrutura existem para dar viabilidade e garantir o funcionamento dos servidores.

Nos data centers, os servidores são acoplados em um mesmo lugar, em estruturas chamadas de racks. Nesse cenário, os dispositivos são projetados para permitir o armazenamento em escalado, recebendo uma estrutura mínima para o seu funcionamento. 

A estruturação do conjunto de servidores deverá ser feita a partir da demanda da empresa. Corporações que têm uma maior demanda por processamento de dados, deverão contar com hardwares otimizados para a captação, análise e armazenamento de grandes registros sem gargalos.

Há os servidores que devem ser focados em armamento, ou seja, a infraestrutura pode abrir mão de um alto poder computacional em busca de boas taxas de leitura e gravação de arquivos.

Infraestrutura de energia

Para que os servidores mantenham o funcionamento ininterrupto, precisarão de uma boa infraestrutura de energia elétrica. É importante que a empresa, além do fornecimento de energia externo, conte com sistema de redundância, para atenuar as eventuais quedas de energia por fatores externos, como tempestades ou danos na rede elétrica da região.

A utilização de no-breaks e geradores de energia independentes, são recursos que permitem que a empresa consiga manter a sua produtividade até que a energia seja estabelecida, sem grandes impactos.

Além disso, a empresa deverá contar com um sistema de proteção contra descargas elétricas e superaquecimentos, que podem acontecer devido a instabilidades na rede elétrica externa. 

O cálculo de capacidade da rede elétrica também deverá levar em conta os equipamentos secundários que viabilizam o funcionamento da infraestrutura do data center. Entre esses equipamentos, podemos destacar:

  • sistemas de vídeo;
  • dispositivos de iluminação;
  • ferramentas de rede;
  • ferramentas de segurança e controle de acesso.

O que muitas empresas têm feito para tornar o data center mais sustentável é o investimento em energia renovável. Isso ajuda a posicionar melhor a empresa como uma das corporações contribuintes para um melhor meio ambiente. Há também a possibilidade de reduzir os custos com a adoção de energia fotovoltaica ou eólica, o que também contribui para a redução do impacto ambiental da infraestrutura.

Refrigeração

Como é formado por múltiplos servidores, que nada mais são do que computadores de alto desempenho, é normal que os data center tendem a ser locais em que há o acúmulo de calor. Também sabemos que o superaquecimento pode, desde reduzir consideravelmente o desempenho de um computador, até inutilizá-lo. 

Por isso, um item primordial para a montagem de um data center é a refrigeração, que deve ser projetada para resfriar o necessário para manter o bom aproveitamento do sistema. Assim como a temperatura alta pode danificar o hardware, a temperatura muito baixa também pode impedir que a máquina execute as suas operações de maneira correta. 

Outra consideração importante a ser lembrada, é que o sistema de refrigeração deve funcionar de maneira ininterrupta. Para isso, o sistema deverá passar por constantes manutenções preventivas para garantir o pleno funcionamento, além de contar com o suporte de um bom fornecimento de energia. 

Como precisam estar sempre com uma temperatura que não permite, nem o superaquecimento e nem o excesso de resfriamento, o ideal é que a refrigeração em um data center a seja controlada por um sistema autônomo, formado por sensores e um algoritmo de inteligência artificial, que consiga ajustar a temperatura de acordo com o ambiente.

O Brasil, por ser um país tropical e contar com altas temperaturas em boa parte do ano, oferece um desafio para os gestores no quesito refrigeração. Manter a temperatura ideal em um país quente pode aumentar consideravelmente os custos do data center e tornar a operação inviável. 

A título de curiosidade, algumas grandes empresas de tecnologia, que operam enormes data centers, têm optado por montar as suas estruturas em regiões de clima frio, como os países nórdicos — Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega. É claro que, além de ter um clima bem frio, esses países oferecem boas infraestruturas de apoio para os data center, com boas fontes de energia elétrica e telecomunicações.

Soluções de segurança e controle de acesso

Os data centers corporativos lidam diariamente com uma série de dados sigilosos das empresas e de seus clientes. Informações que, se vazarem ou forem perdidas, podem causar sérios prejuízos financeiros e de credibilidade para os negócios. 

Sendo assim, quando uma empresa resolve investir na montagem de um data center, precisa contar com boas ferramentas de monitoramento e controle de acesso — físico e virtual. O controle físico deverá “filtrar” as pessoas que podem acessar aos hardwares, deixando que somente os profissionais competentes possam entrar nesses ambientes.

Esse controle permite que o gestor consiga mapear o desempenho da equipe com mais qualidade e, caso haja algum vazamento, a investigação se torna mais fácil, pois será possível saber quem estava trabalhando no setor no dia horário..

Essa gestão de acesso físico deverá ser feita com o apoio de tecnologias. Por exemplo, a empresa poderá utilizar ferramentas de biometria, senhas personalizadas, chips NFC, cartões, entre outras formas de controle.

Assim, a qualquer hora do dia será possível saber quais são os profissionais que estão trabalhando no data center naquele momento e qualquer movimento suspeito será identificado antes que possa virar uma “bola de neve”.

Equipamentos de prevenção de desastres

Um data center físico não corre apenas riscos de segurança, há também os desastres naturais, com os quais não temos controles, como incêndios, enchentes, inundações, terremotos etc. Para atenuar esses riscos, os gestores competentes devem se reunir para criar os planos de ação necessários. 

Profissionais como gestores de TI, engenheiros e bombeiros civis deverão mapear o ambiente, estudar a região e criar um planejamento estratégico, com o apoio de tecnologias, como a internet das coisas e inteligência artificial.

O uso de sensores inteligentes, por exemplo, pode detectar variações de temperatura e acionar, ou o ar condicionado ou o sistema de prevenção a incêndio. 

Há também os sensores de presença de água, que podem ser utilizados para alertar sobre enchentes ou inundações. Quanto mais camada de segurança, melhor, afinal, os problemas nunca chegam com hora marcada, não é mesmo?

Faça upgrades quando necessário

Um fator essencial para que o data center se mantenha com um bom desempenho é o processo de melhoria contínua. Como sabemos, a velocidade com que as inovações tecnologias aparecem é cada vez mais rápida, e cabe às empresas estarem prontas para receberem essas soluções, com recursos computacionais necessários para a sua execução.

Por isso, é importante que, de tempos em tempos, seja feita uma avaliação da infraestrutura, para que a empresa não passe a trabalhar com estruturas obsoletas, que geram custos, mas não entregam resultado. 

Os upgrades devem sempre ser encarados como um investimento e não como um custo, afinal, eles são realizados para que a empresa amplie a sua produtividade e qualidade das entregas, ou seja, contribuem para o aumento da receita.

Contar com um data center é uma excelente maneira da empresa aderir de vez à transformação digital, pois amplia a capacidade para trabalhar com ferramentas robustas. O grande desafio está na escolha do tipo de data center, que se encaixe nas demandas da empresa, de acordo com a atividade exercida e com o orçamento. Essa decisão precisa ser tomada, não visando apenas o preço, mas o custo-benefício. 

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