fbpx
Segurança

Gestão de riscos: entenda os motivos e principais passos para aplicação!

Com a transformação digital e o aumento da importância dos ativos de TI para as estratégias de negócios nas empresas, cresceu também a preocupação com as ameaças que os dados corporativos correm, com o aumento do interesse dos criminosos virtuais. Uma das ameaças mais preocupantes são os ataques ransomware, que pode levar a empresa a perder milhões. Nesse cenário, uma boa gestão de riscos passa a ser uma estratégia primordial para que empresa reduza essas ameaças.

Uma boa estratégia de segurança da informação, tem como base a confiabilidade, integridade, disponibilidade e autenticidade. A gestão de riscos deve ser dedicada a garantia desses quatro aspectos. Neste post, vamos entender a importância de uma boa gestão de riscos, boas práticas, benefícios e riscos. Confira!

Qual é a importância da segurança digital para as empresas?

Mais do que uma questão estratégica, a segurança da informação serve para manter o funcionamento do negócio, que estão cada vez mais dependentes de seus ativos de TI. Como os dados valendo cada vez mais, pela sua importância para a gestão, contribuindo para o funcionamento e crescimento da organização, a segurança digital se torna um dos investimentos mais importante, pensando no core business.

Para que as ferramentas de análise de dados possam entregar os insights e análises preditivas, é importante que os dados sejam verossímeis e realmente reflitam a realidade da empresa. Se por uma falha funcional ou de segurança, o servidor deixe de receber dados estratégicos, essa análise pode ficar comprometida e gerar uma visualização equivocada da realidade.

Ao saber do valor dessas informações, os criminosos estão sempre em busca de vulnerabilidades nos sistemas empresariais, seja para roubar os dados, extorquir os gestores ou para vender essas informações a quem possa interessar. Para chegar a esse objetivo, os hackers utilizam técnicas cada vez mais refinadas com os mais diversos objetivos. Veja a seguir quais são os principais riscos que a infraestrutura de TI das empresas correm.

Quais os principais riscos ao setor de TI?

Já sabemos a importância da segurança da informação para as empresas, principalmente com crescimento da dependência de seus ativos de TI para todas as estratégias de negócio. Agora, vamos entender as técnicas que os criminosos virtuais mais utilizam para chegar a esse objetivo. Acompanhe!

Scan

O ataque Scan tem como foco a quebra da confidencialidade, com objetivo de desvendar os detalhes de um computador, presente em uma rede — atividades, serviços, sistemas operacionais etc. Essa varredura tem como foco a identificação de vulnerabilidades, para a realização de ataques. A melhor maneira de se prevenir contra esse tipo de ataque é com a utilização de um bom firewall e por meio de uma boa configuração de rede.

Worm

Uma dos malwares mais antigos, os worms são softwares maliciosos que tem como intuito prejudicar a máquina hospedeira. A maior característica os worms é a sua capacidade de se espalhar rapidamente por uma rede corporativa e danificar arquivos sigilosos da empresa.

Rootkit

O Rootkit é uma ameaça que teve sua origem na exploração de kits do Linux, com foco na violação de acesso. Após a violação do acesso, com o login no sistema como root, o criminoso passa a ter o controle sob a máquina.

Esses ataques Rootkit são realizados com a utilização de um malware, que infecta a máquina, liberando o caminho para que os invasores ajam. Apesar de ter origem no sistema operacional Linux, os Rootkit já estão causando danos em sistemas operacionais comerciais, como o Windows e Mac, se tornando um grande risco para os sistemas corporativos.

DDoS

Os ataques DDoS, também conhecidos com ataques de negação de serviços, estão entre os mais frequente nas empresas. O objetivo desse ataque é tornar um sistema, infraestrutura ou servidor indisponíveis, causando a interrupção dos serviços.

Essa indisponibilidade acontece por excesso de requisições, seja com acessos múltiplos a um site, a um sistema empresarial, consumindo toda a banda larga de internet entre outras formas de consumo massivo de recursos.

Ransomware

Aos ataques ransomware estão entre as maiores preocupações dos gestores nas empresas e órgãos governamentais. O crime consiste em um literal sequestro de dados, em que os criminosos acham brechas para invadir o sistema e bloquear os dados os sistemas. A liberação é condicionada ao pagamento de um resgate, geralmente via bitcoin.

A forma como o Ransomware é aplicado, varia de acordo com o objetivo e com as brechas que o sistema operacional oferece. Essa variedade é que faz com que esse modelo de ataque se tornasse tão repentinos e fatais. O criminoso pode criptografar os dados, tornando indecifrável para o usuário ou pode criar uma tela de bloqueio que necessite de uma senha específica para ser liberada.

Independentemente da versão, a finalidade é sempre a mesma, bloquear todos os arquivos de um computador e impedir que ele seja acessado de forma adequada, liberando somente após do pagamento. Muitas empresas têm mecanismos para minimizar os impactos de um ataque ransomware, e assim evitar pagar o resgate e estimular o crime.

Mas, em órgãos que lidam diretamente com vidas, como hospitais, o sequestro de dados pode ser fatal. Nesse cenário, a única forma de reduzir os riscos, tanto aos sistemas quanto a vida dos pacientes, é por meio do pagamento de resgate.

Vírus de resgate

Como os criminosos virtuais não perdem tempo, sabendo que as empresas estão cada vez mais se prevenindo contra os ataques ransomware e evitando fazer pagamentos, eles criaram uma armadilha dentro de outra — o vírus de resgate.

Basicamente, essa técnica visa aproveitar o desespero inicial que um ataque ransomware pode causar. A maioria dos gestores busca por alternativas para recuperar os dados, sem a necessidade de pagar pelo resgate. Para isso, eles buscam por soluções que ajudam na reversão do bloqueio, de preferência de fabricantes confiáveis.

A nova tática dos criminosos é enviar uma aplicação que ativa a oferta de uma software para resgatar os dados sequestrados. É um vírus que oferece outro para que o usuário pague por uma solução ilegítima.

Antivírus falsos

Os antivírus falsos são aqueles que emitem alertas em forma de popup, com um aviso sonoro dizendo que o seu computador ou dispositivo móvel está infectado e que você precisa baixar determinado programa para limpá-lo. Se baixar, o usuário colocará o seu sistema em risco, com possibilidade de bloqueio de tela com o vírus tipo locker — que bloqueia a tela.

Phishing

O phishing é uma tática criminosa que consiste no envio de mensagens de e-mail, em que o hacker cria mensagens que simula o layout e linguagens de órgãos legítimos e oficiais — bancos, correios, serviços de transação online etc. O objetivo é que a vítima preencha um formulário e repasse dados sensíveis.

É um dos ataques mais antigos da internet, mas que, em pleno 2019, continua fazendo as suas vítimas que utilizam o e-mail no dia a dia. Mais recentemente, o phishing vem sendo utilizado para a realização de ataques Business Email Compromise — BEC —, que visa simular a uma comunicação da empresa alvo com altos executivos.

Dessa forma, as empresas acabam fazendo depósitos em contas de terceiros, sem saber que estão caindo em uma fraude. O pior disso tudo é que o criminoso não deixa rastros, já que a mensagem não traz nenhum anexo ou link.

Por que a Gestão de Riscos é a melhor alternativa?

Para que a sua empresa reduza o risco de sofrer um dos ataques anteriores, vocês deverão contar com uma boa política de gestão de riscos. Essa gestão será fundamental para sejam estabelecidos diferentes níveis de acesso aos seus conteúdos, além de gerar protocolos para a inserção, alteração e exclusão de informações, bem como o registro eletrônico dessas atividades.

Além disso, a maioria desses problemas de segurança são causados por fator humano, que, por desconhecimento ou negligência acabando tomando ações inseguras e dando brechas para tais ataques. Por isso, uma boa gestão de riscos é importante por trazer as diretrizes para a conscientização dos usuários quanto às condutas recomendadas, definindo que pode ou não acessar os dispositivos que são permitidos.

Além disso, uma boa gestão de riscos ajuda na adoção de soluções mais apropriadas para que a empresa fique protegida de ataques virtuais. Isso resulta na adoção de boas ferramentas, como firewalls, antivírus, anti malware, anti-spam e outros recursos.

Com o setor de TI cada vez mais presente nas decisões de negócio, quando o assunto é a segurança, cabe a equipe de TI reunir-se com as lideranças de diferentes departamentos, para que sejam estabelecidos os critérios e processos para a aquisição de sistemas. Eles não poderão ser instalados por conta própria, colocando os dados e o sistema corporativo em risco.

Como funciona a Gestão de Riscos e quais os principais desafios para implantação?

Com vimos, uma boa gestão de risco tem como foco a identificação de vulnerabilidades, adoção de boas estratégias para manter a infraestrutura dos sistema das empresas blindadas, além de estruturar os dados obtidos nessas ações para avaliar o sucesso e promover a melhoria contínua. Entre os propósitos que orientam o funcionamento da gestão de riscos em TI, podemos destacar:

  • redução de problemas e sinistros;
  • prevenção a roubos de dados e ataques;
  • criação de um bom plano de backup e restauração de dados críticos para a empresa;
  • fazer as adaptações necessárias na infraestrutura de TI e na cultura organizacional para acomodar os processos da gestão de riscos;
  • fazer a inclusão de medidas e análise de riscos no plano diretor de TI para que essas práticas relacionadas à gestão de riscos se tornem recorrentes e contínuas na empresa;
  • monitoramento dos riscos com a adoção de indicadores e métricas que envolvam todos os procedimentos, rotinas e procedimentos suportadas pela TI;
  • garantir o funcionamento dos sistemas e atividades ligados a gestão de risco;
  • garantia de funcionamento dos sistemas e atividades ligadas a eles etc.

Como a gestão de risco deve ser colocada em prática?

Agora que já sabemos da importância da gestão de riscos, vamos entender melhor, quais são as principais etapas para que sua empresa dê os primeiros passos rumo a esse objetivo. Confira!

Identifique os riscos

A primeira coisa a se fazer para iniciar uma boa gestão de riscos é a identificação desses riscos. Como você vai criar um planejamento estratégico, se você não sabe quais são as ameaças que poderão atrapalhar o seu negócio?

Para isso, é importante que o gestor esteja disposto a ouvir os líderes de todos os setores, aberto para conversa com colaboradores, para fazer as análises de mercados, além de considerar os riscos internos e externos, com detalhamento e entendimento de todas as variáveis.

Analise as vulnerabilidades

Depois da identificação dos riscos, é hora de analisar e mensurar cada um deles, tomando nota de seus efeitos e frequência. É importante que seja determinada a probabilidade de ocorrência e o impacto da cada, para que seja feita a classificação e a determinação das prioridades.

Uma das maneiras mais eficientes de conceituar as vulnerabilidades é colocá-las como fraquezas que reduzem a segurança dos sistemas ou das redes. São essas análises dos pontos fracos que permitirão a elaboração dos planos de contingência. Entre as principais vulnerabilidades, podemos destacar:

  • ameaças naturais — por melhores que sejam os sistemas de previsão, ninguém consegue prever com exatidão quando acontecerá um evento natural, por isso, é importante que os locais onde serão instalados os maquinários sejam muito bem escolhidos, pensando em proteção contra incêndios, alagamentos, vendavais etc;
  • estrutura física — é necessário que seja feita a verificação de sinais de comprometimento de toda a estrutura do local em que os equipamentos serão instalados;
  • hardware e software — os hardware e softwares formam a base dos ativos de TI das empresas, abrangendo os equipamentos e sistemas. A boa gestão de risco exige do gestor o monitoramento das máquinas utilizadas e da rotina de manutenção. Mantendo as atualizações em dia, e empresa reduz as brechas para os ataques de hackers que podem trazer grandes prejuízos;
  • recursos humanos — essa é uma vulnerabilidade nem sempre lembrada e que pode resultar em vazamento de roubos de informações sensíveis, mesmo que de forma involuntária.

Elabore planos de contingência

Após a análise das vulnerabilidades, é chegado o momento da criação de um plano de contingência para a empresa. Nessa etapa, a empresa deverá listar as ações a serem tomadas em caso de riscos. O foco aqui é ter alternativas e soluções para a resolução de eventuais problemas.

Treine seus colaboradores

A gestão de riscos é feita e mantida por pessoas, sem isso, se torna apenas uma ferramenta burocrática. Nesse cenário, a capacitação é um ponto essencial, principalmente na área de TI, pois, a partir do momento em que a empresa conta com colaboradores bem treinados, que saibam utilizar as ferramentas disponíveis, ficam preparados para reduzir os riscos de forma considerável.

Atualize a estrutura física

Para que o gerenciamento de risco surta o efeito desejado, é importante que a estrutura física do negócio, em especial, os ativos de TI, receba o investimento necessário. Quanto melhor for a estrutura, menos a empresa fica exposta a ameaças naturais, o que garante a segurança de processos.

A atualização da estrutura física não significa apenas investir em equipamentos mais caros ou os mais novos do mercado, mas os que atendam a demanda da empresa e entregam as precauções de segurança necessárias, como atualizações e controle de acesso.

Faça plano de testes

Para que vocês cheguem a um modelo de gestão eficiente, será necessário uma bateria de testes, como Pentest e análise de vulnerabilidades. São esses testes que permitirão que as falhas sejam encontradas.

Quais as vantagens desse tipo de gestão para o segmento de TI?

A gestão de risco afeta toda a empresa, mas, em especial, o setor de TI, que tem como atribuição implementar, gerir e direcionar todas as ações. A gestão de riscos integra a Governança de TI — pois é ela quem define as práticas, reúne procedimentos, padronização e as relações que envolvam todos os colaboradores não apenas os TI, mas de toda a empresa e de terceiros.

O objetivo é minimizar os riscos e, ao mesmo tempo, otimizar a performance dos negócios, elevar os processos de proteção e segurança, reduzir os custos e alinhar o TI com o core business.

Isso significa que a adoção de uma gestão de risco no setor de TI, pode beneficiar alguns pontos da governança de TI, além de contribuir para a redução de custos das operações de TI na corporação — com a redução dos riscos, da margem de erro e dos retrabalhos. Isso tudo reduz o número de chamados dos outros setores, pedidos de restauração de dados, suporte etc.

Quais os benefícios para a empresa de modo geral?

Vimos acima como o setor de TI se beneficia de uma boa gestão de risco, agora, vamos entender melhor como a empresa como um todo pode obter vantagens nesse procedimento. Acompanhe!

Maior disponibilidade

O primeiro benefício é o principal: a redução nas perdas e furtos de dados ou problemas na rede, provenientes de ataques cibernéticos, o que ajuda no aumento da eficiência e na redução do retrabalho por conta da perda de arquivos.

Prevenção contra a perda de dados

A perda de dados, além de problemas internos e prejuízos financeiros para as empresas, poderá causar problemas legais. Com a aprovação da LGPD — Lei Geral de Proteção de Dados —, que entra em vigor em agosto e 2019, a prevenção contra perda de dados importantes de clientes e funcionários, principalmente os dados sensíveis, pode custar caro em vários sentidos, inclusive no quesito credibilidade da marca.

Proteção contra desastres naturais

Esse é um detalhe que pode passar despercebido em um primeiro momento, que é proteção contra acidente e desastres naturais, com foco na proteção de dados. Há também a preocupação com ataques de criminosos não virtuais, mas físico, com a proteção patrimonial. Nesse cenário, o controle de acesso se torna mais embasado, com as diretrizes e ferramentas corretas, garantindo que somente pessoas autorizadas tenham acesso a determinados dados, prevenindo contra espionagens de concorrentes.

Segurança para a implementação do BYOD

Uma das maiores tendências dos últimos anos, com a popularização dos dispositivos móveis, é o BYOD — Bring Your Own Device ou traga o seu próprio aparelho. Como próprio nome sugere, essa tendência consiste no ato dos funcionários possam trabalhar utilizando os seus dispositivos pessoais no ambiente de trabalho — smartphone, notebook, tablet, pendrive etc.

Para que isso seja possível, sem colocar a empresa em risco de vazamentos e infecção por vírus, a gestão de riscos deverá ser bem aplicada pela governança de TI. O resultado é um benefício que abrange toda a empresa. Como essa tendência, que veio para ficar, o movimento natural é a busca por soluções que tornem esse procedimento mais seguro.

Quais as consequências de não investir em gestão de risco?

Já falamos sobre o conceito, benefícios e métrica que envolvem a gestão de riscos de TI, mas não focamos no que pode acontecer caso a empresa abra mão de fazer um investimento nessa área. Neste tópico vamos trazer os danos mais graves que essa negligência poderá causar.

O resultado pode ser desastroso em vários níveis, da inviabilização de acesso aos dados, que pode gerar a parada de serviços e queda brusca de produtividade, que pode demorar horas ou dias para que haja uma resolução. Essa parada pode causar sérios prejuízos financeiros para a empresa.

Além de possíveis prejuízos financeiros, isso pode causar um dano a imagens da empresa, que pode explicitar a fragilidade da segurança da organização. Com a imagem arranhada, além da perda de cliente, há uma perda na capacidade de atrair investimentos, fornecedores e parceiros, pois estes poderão ter receios de ter as suas informações vazadas.

Com vimos, neste post, uma boa gestão de risco de TI pode elevar o patamar da empresa como um todo. Para que seja bem executado, esse procedimento requer uma mudança estrutural, começando com a capacitação da equipe, uma boa governança de TI e bons ativos de TI. Dessa forma, a empresa reduz os erros, trabalha obedecendo à legislação e ganha uma eficiência, que vai além da segurança e se reflete na produtividade e inovação.

Gostou do post? Então, assine a nossa newsletter e receba em primeira mão as nossas novidades.